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Aumento da gasolina faz pedidos por habilitações para motociclistas ao Detran crescerem em março

Com reajuste médio de 7% no preço do combustível, número de pessoas que buscaram se enquadrar na categoria A foi o maior dos últimos dois anos.

13/04/2022
As motocicletas têm sido uma boa saída para quem quer fugir dos altos preços dos combustíveis e do trânsito nas grandes cidades. Levantamento exclusivo do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) indica que o número de primeiras habilitações para categoria A (moto) emitidas em março deste ano cresceu 64,7% no Estado de São Paulo, se comparado com o mês de fevereiro. Foram 2.002, contra 1.214 no mês passado. Esse é o maior número registrado desde janeiro de 2020, quando 2.104 habilitações foram emitidas.

Esse crescimento em março coincide com a alta no valor da gasolina, que aumentou 6,9% no período, e atualmente está, em média, na casa dos R$ 7,32 por litro, segundo levantamento do Índice de Preços Ticket Log, empresa de gestão de frotas que monitora os preços de 21 mil postos do país. Até agora, este é o preço mais alto pago no litro da gasolina pelos brasileiros em 2022. Em janeiro e fevereiro, o gasto médio dos motoristas era, respectivamente, de R$ 6,908 e R$ 6,880 por litro.

Assim, os veículos de duas rodas são opções interessantes para quem procura gastar menos com gasolina. Com apenas um litro de combustível, motos, scooters e motonetas podem rodar até 50 km. Um carro popular dentro das melhores condições circula em média de 14 a 19 km/l com a mesma quantidade do combustível.

"A alta reflete a busca por um combustível mais econômico. Os números mostram que a troca do carro pela moto é uma das alternativas encontradas para condutores que circulam constantemente. Mas é muito importante que todos os cidadãos façam todo o processo de habilitação de forma correta,  nas autoescolas credenciadas pelo Detran.SP”, destaca Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP.

O presidente do Sindautoescola.SP, José Guedes Pereira, acredita que, além da alta do combustível, esse aumento tem relação com o desemprego causado pela pandemia." Em março, o principal fator pelo aumento foi a alta dos combustíveis, pois rodar de motocicleta gera um melhor custo para quem trabalha com o veículo. Mas, durante a pandemia, a procura deu sinais de evolução, pois muitas pessoas que perderam ou tiveram o salário reduzido viram o veículo de duas rodas como uma ferramenta para fonte de renda", destaca Guedes.
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