CESVI Brasil - Centro de Experimentação e Segurança Viária

Entrevista - Dr. Fabio Racy, do Cedatt

Em entrevista exclusiva para a Revista CESVI, o presidente do Conselho Estadual para a Diminuição dos Acidentes de Trânsito e Transportes fala sobre a situação da segurança viária no país.

03/07/2017
Médico especializado em Medicina de Tráfego, o doutor Fabio Racy não se conforma com o uso da palavra “acidente” para caracterizar as batidas, capotamentos e atropelamentos que matam dezenas de milhares de brasileiros todos os anos. “Acidente é uma ação de deus, uma coisa totalmente inesperada. Não deveria se aplicar a uma ocorrência evitável, na qual os envolvidos geralmente tomam atitudes irresponsáveis ou por falta de informação que favorecem o acontecimento.”

Outro inconformismo de Racy é dirigido ao descaso e à omissão do Estado brasileiro quanto à questão da segurança no trânsito. Há 37 anos trabalhando em prol da diminuição dos “acidentes”, em postos importantes como a presidência da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), o médico viu o Código de Trânsito nascer e tem testemunhado de perto os problemas que a não obediência a esse mesmo código vem trazendo ao país.

Mas Fabio Racy não desanima. Hoje é presidente do Cedatt (Conselho Estadual para a Diminuição dos Acidentes de Trânsito e Transportes), um órgão consultivo de aconselhamento e assessoramento ao governo do Estado de São Paulo para as questões relativas à prevenção e à diminuição de acidentes de trânsito urbano e rodoviário. Esse conselho, que se reúne uma vez por mês para discutir e propor ideias ao governo, tem o CESVI BRASIL entre seus participantes. E busca uma saída para uma calamidade nacional que não pode continuar sendo encarada como “coisas da vida”. Só quem teve alguém da família vitimado pela violência do trânsito sabe que um termo melhor que “acidente” seria “tragédia”. Uma tragédia que, por incrível que pareça, tem tudo para ser evitada.

Confira aqui a entrevista exclusiva do dr. Fabio Racy para a Revista CESVI, na qual ele aborda a situação da segurança no trânsito do país e lamenta pelo aumento dos limites máximos de velocidade nas marginais de São Paulo.

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