Urgência no combate à violência do trânsito

O motivo pelo qual este movimento defende a elaboração e implantação de um Plano Nacional de Segurança Viária, visando à redução efetiva de vítimas de acidentes de trânsito, é que, como uma grande diversidade de fatores contribui para ocorrência dos acidentes, o caminho depende de uma ação coordenada que leve em conta essa complexidade. Algo que só um Plano Nacional, com seus correspondentes regionais, feito com a participação e apoio de órgãos públicos e a sociedade em geral, pode proporcionar.

No Brasil, no ano de 2007, morreram 37.407 pessoas e 118.511 foram feridas e internadas, em decorrência de acidentes de trânsito, conforme dados do Ministério da Saúde, com um impacto estimado em cerca de 34 bilhões de reais - em gastos com resgate, tratamento, hospitalização, perdas materiais e de produção, dentre outros, estimados em estudos do Ipea/Denatran/ANTP (em valores de 2009 em reais).

As últimas estatísticas apresentadas pelo Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) indicavam que o número de feridos não fatais no trânsito brasileiro alcança entre 400 mil e 500 mil feridos ao ano.

O Brasil ocupa hoje a 5ª posição mundial em quantidade absoluta de fatalidades no trânsito, depois da Índia, China, Estados Unidos e Rússia, e à frente do Irã, México, Indonésia, África do Sul e Egito.
Essas fatalidades têm aumentado nos últimos anos, como pode ser visto no gráfico abaixo (valores de 2008 são preliminares):

      População - IBGE  
         
      Frota - DENATRAN  
         
      Mortalidade - Ministério da Saúde  
         

O quadro é grave a ponto dos feridos e mortos decorrentes de acidentes de trânsito no Brasil já ultrapassarem, em alguns Estados, a quantidade de vítimas de violência interpessoal, segundo estudo do IBGE divulgado em 2010.